terça-feira, 16 de janeiro de 2018

SWEET – GIVE US A WINK (1976) UK


Por estes dias, ando em busca de algo que me espevite um pouco. Ando confuso com tanta falta de originalidade que tenho andado a refugiar-me nos meus baùs em busca de coisas que mexam comigo e me tragam uma nova lufada de ar para voltar de novo à carga. E assim sendo, encontrei um CD que é muito especial para mim, Def Leppard – Retroactive. No geral, este disco é um pouco mais em termos musicais do que os outros "monstros de vendas" que os leppard editaram, e nele vem um tema que eu simplesmente venero, "Action", um cover dos Sweet.
Ainda andava eu a brincar aos indios e aos cowboys; aos médicos e às enfermeiras assistentes, eheheheh;... quando ouvi este tema pela 1ª vez. O mano mais velho de um amigo, que fazia sempre de indio, tinha esse disco a tocar para uns amigos, e nós simplesmente só podiamos assistir do lado de fora, ou seja, os putos ficam de fora. Nunca mais me esqueci desse tema, que eles, os mais crescidos, repetiram várias vezes. Já da idade deles, e em pleno boom do metal em meados de 80, voltei a recordar esse tema, e de tão entusiasmado, fui enganado e comprei esse disco mais usado e mais mal tratado, mesmo sem ter ainda gira-discos, que foi impossivel fazer uma cópia para K7, tal era o mau estado em que ele estava. Nem a capa escapou e... lixo! BUÁ!
Então deu-se o milagre, alguns anos depois, e já numa fase em que o podia fazer, adquiri o CD retroactive dos def leppard, e subi aos céus!
Nesse tempo, os Sweet, ficaram muito para trás, com tal versão actualizada e sem defeitos dos leppard, que mais podia eu querer...
É claro que com o avançar do tempo, e sendo eu um apaixonado e coleccionador do melhor estilo musical que o ser humano alguma vez criou, e irá criar, que se tornou-se indispensável para mim ter coisas clássicas como purple, sabbath, priest, led, enfim, de todos eles e Slade e Sweet não foram excepção. Foi difícil no caso dos sweet, mas lá consegui algumas coisas, na realidade, refiro-me a edições um pouco duvidosas em CD, de editoras mediocres mas que pelo menos tinham o valor de nos proporcionarem isso, e então, apareceu Sweet com os seus grandes êxitos. Adoro esse disco, é uma fraca edição em termos sonoros, mas tem tudo compiladinho e no auto-rádio era brutal. Em 2005, apareceu uma reedição desse "famigerado" "Give Us A Wink", que tantos anos andou fugido de mim e... comprei-o, é claro!
Imagens de outros tempos, em que ainda nem sequer sabia distinguir rock de fado, voltaram de novo a inundar a minha cabeça,... foram momentos felizes.
Apesar de tudo, Sweet, têm sido sempre uma referência para mim, quer seja pelos videos que esporádicamene iam aparecendo na tv, quer por momentos revivalistas na rádio, mas há uma coisa que é inegável, a atitude imposta na interpretação de cada tema, é deveras insolente, tal como eu!
Hoje sei que sempre adorei este grupo por esse factor, Brian Connolly, será sempre para mim, um marco na musica, posso mesmo dizer que a sua atitude foi pioneira daquilo a que hoje podemos chamar de acção interpretativa verosímil do metal. Eu entendo que um bom frontman tem que saber impôr-se ao público, senão está mortinho da silva, a malta gosta de quem mostre atitude e os lidere, e o modo de Brian interpretar temas como "Action" é de "leader of the pack" tal como Freddie Mercury o foi.
Este disco dos Sweet, e tendo em conta de que muitos de vós até nem gostam da banda, é parte de uma geração que se impunha mundialmente e levaram a que muitas das vossas preferidas se formassem. Um hardrock de 1ª com atitude que só teve comparativo com o aparecimento dos Twisted Sister, Krokus, etc, álias, existem muitas semelhanças com TS neste disco, e lembrem-se que Sweet vieram primeiro. Comercial e glam, certo, mas era isso que vendia, e nem por isso deixa de ser melhor ou pior do que qualquer outro dos clássicos; desde o primeiro tema, "the lies in your eyes" até "healer" o festival de rockalhada é impressionante para o ano de 1976.
sweet são uma das bandas mais carismáticas de sempre mas também uma das mais complicadas. O sucesso mal gerido pelos egos extrapolados dos membros da banda levou a que a partir de 1979 a desagregação da banda desse origem a quatro versões diferentes de Sweet. O numero de musicos que por elas passaram são mais do que um centro comercial em dia de saldos, e desde Brian, Andy Scott (guitarras); Steve Priest (baixo) e Mick Tucker (percursão), todos eles reclamam a sua versão como a original. É uma banda que merece a vossa atenção e uns minutos do vosso tempo a ler a sua biografia, uma coisa light como no wiki, ao mesmo tempo que ouvem este disco, ou outros da banda, e conheçam mais um dos monstros sagrados do Rock britânico e não só, universal é o termo.
E é esta a minha sugestão da semana para vós, porque foi editada à pouco uma nova versão deste disco que contém mais 2 temas extra, e que está com um som muito bom. Apreciem porque nem sempre a busca pelas novidades nos satisfaz tanto como estas obras primas do passado mas sempre actuais.
McLeod Falou!
  



Temas:
01. The Lies In Your Eyes
02. Cockroach
03. Keep It In
04. 4th Of July
05. Action
06. Yesterday's Rain
07. White Mice
08. Healer
Bonus:
09. Action (7" version)
10. Cockroach (Munich mix)
11. 4th Of July (Munich mix)
Banda:
Brian Connolly – Vocals, Guitars
Andy Scott – Guitars, Synths, Vocals
Steve Priest – Bass, Vocals
Mick Tucker – Drums, Vocals





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