Os pioneiros britânicos do hard rock Nazareth têm um longo histórico e influenciaram muitas bandas ao longo do caminho. A banda escocesa foi fundada em 1968 e o primeiro álbum, o autointitulado de estreia, enriqueceu a cena do rock em 1971.
Um dos fatores icónicos que tornaram Nazareth especial foi a voz rouca do vocalista Dan McCafferty. Seus vocais têm sido um elemento único quando se trata do som do quarteto britânico. Infelizmente, e devido a problemas de saúde, McCafferty teve que deixar a banda em 2014 e a questão de continuar com a banda ou não foi rapidamente respondida. Com a bênção do ex-vocalista, Nazareth juntou com Carl Sentence um novo vocalista muito talentoso e a jornada continua.
Foi uma jogada inteligente contratar um cantor com uma grande voz que difere de McCafferty. Nazareth ainda soa como Nazareth e na época ganhou uma nova e fresca adição à sua música. O que começou com o álbum 'Tattooed on My Brain' encontra em 'Surviving the Law' uma continuação. Os veteranos do rock sabem escrever uma boa música e o novo álbum traz muitas delas. Não há nenhum desânimo no 25º álbum de estúdio dos Nazareth. 'Strange Days', um título que se encaixa tão bem nestes tempos atuais estranhos, é a abertura e floresce imediatamente. Nazareth não pode ser domado pela idade ou destino; isso fica imediatamente aparente. A abertura soa dinâmica e fresca, um ótimo começo para o álbum.
Caso se pense que as melhores músicas foram colocadas na metade superior da lista de faixas, é preciso reavaliar esse pensamento. Há músicas boas no lado A, faixas como a poderosa e contundente 'Runaway'. Ao mesmo tempo, há músicas como a moderadamente ritmada 'Let the Whiskey Flow', a esmagadora uptempo 'Sinner' e a sombria 'Psycho Skies', mostrando a consistência do álbum. Para não esquecer, neste contexto, a fechar está o blues conduzido 'You Made Me', um final estrelar deste long player.
Nazareth recuperou sua força, o que significa ter um bom senso para escrever músicas de rock excelentes e fortes com arestas. Há muita dinamite musical tecida em cada uma das catorze canções. 'Surviving the Law' é um álbum bom, provando que rock'n'roll não tem nada a ver com idade. Mais velho, mas certamente não mais calmo; este é o novo álbum dos Nazareth.
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quarta-feira, 13 de abril de 2022
sábado, 13 de outubro de 2018
POST DA SEMANA Nazareth - Tattooed On My Brain (2018) Escócia
Os Nazareth regressam com o seu 24º álbum de estúdio. O último álbum foi em 2014 (Rock 'n' Roll Telephone) e com o lançamento de Tattooed On My Brain, eles alcançaram a marca dos 50 anos. O álbum também apresenta o vocalista Carl Sentance, substituindo o vocalista original Dan McCafferty, que se aposentou da banda em 2014 por motivos de saúde. Para acompanhar, a formação atual dos Nazareth é o baixista original Pete Agnew, seu filho Lee Agnew na bateria (ele está na banda desde 1999) e o guitarrista Jimmy Murrison (ele está na banda desde 1995).
Tattooed On My Brain é um ótimo álbum, mas aqui eles não estão tomando nenhum novo caminho. Isso não quer dizer que este álbum seja uma repetição do seu antigo álbum, mas significa que o álbum é exatamente o que se esperaria. Em linha reta hard rock, com musicalidade firme, excelentes solos de guitarra e vocais fortes (e altos).
Sentance é um grande vocalista e ele demonstrou que ele é mais do que um compositor capaz e como observado, a musicalidade é excelente. Eles formam uma boa banda, soa reenergizada e o álbum rocks forte. A voz de Sentance é perfeitamente adequada para a música, e é preciso admirar o poder de sua voz. A faixa-título “Tattooed On My Brain” remete a “Hair of the Dog”, liricamente e musicalmente, mas ainda é a sua própria música. É um dos destaques do álbum.
Há baladas, "You Call Me", que apresenta alguns trabalhos de guitarra muito bons de Murrison, e "Change", que é mais pop do que balada, mas funciona em muitos níveis. Ambas as músicas demonstram que Nazareth tem a capacidade de ser versátil nos seus álbuns, como fizeram no passado. Nazareth sempre foi mais do que apenas uma banda de hard rock.
Enquanto o álbum fica no nível 'hard rock', é um bom hard rock. As músicas são completas, bem organizadas e bem escritas. O álbum teria beneficiado de alguns momentos mais diversos, mas o resultado final é um álbum que se une notavelmente bem e tem dois lados bem sequenciados.
Esta é uma formação relativamente nova mas os fãs não precisa de se preocupar. Sentance não é McCafferty, mas ele não está tentando ser. Ele está sendo ele mesmo e é bem-vindo com esta encarnação dos Nazareth. Ele tem o seu próprio estilo e como resultado, Tattooed On The Brain é um excelente álbum dos Nazareth, que se encaixa confortavelmente dentro de seu catálogo.
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segunda-feira, 2 de junho de 2014
Nazareth - Rock 'n' Roll Telephone (2014) Escócia
Rock 'N' Roll Telephone, 23º álbum de estúdio do Nazareth: uma alegria triste para os fãs da banda.
Na ativa desde meados dos anos 1960, quando ainda se chamava The Shadettes (o nome Nazareth surgiu em 1968, com a chegada do guitarrista Manny Charlton), o Nazareth fez enorme sucesso nas rádios do mundo inteiro durante a década de 70 com sucessos como I Don't Want To Go On Without You, Hair Of The Dog, Razamanaz e Star. Nos anos 1980 o prestígio da banda sofreu um abalo, mas seus integrantes continuaram investindo na marca registrada do Nazareth: a versatilidade. Baladas românticas, blues, country, folk rock, rock progressivo, um pouco de reggae, mas sobretudo rocks pesados e vigorosos continuaram fazendo parte do "menu" de seus discos. No Brasil, o sucesso ainda foi grande na primeira metade dos anos oitenta, com músicas românticas como Moonlight Eyes, Dream On, Love Leads To Madness (que fez parte da trilha sonora da novela Sol de Verão) e Where Are You Now.
A partir dos anos 1990, a banda apareceu bem menos na mídia, mas continuou lançando bons álbuns e, paradoxalmente, passou a ser cada vez mais cultuada por artistas mais jovens, como Axl Rose, confessadamente fã do Nazareth, especialmente de Dan McCafferty. Entre as músicas mais recentes, podemos citar May Heaven Keep You (do álbum Boogaloo), Gloria (The Newz - 2008) e Radio (Big Dogz - 2011).
Rock 'N' Roll Telephone, novo trabalho do Nazareth, marca exatamente a despedida de Dan McCafferty da banda, devido a problemas crônicos nos pulmões. Por esta razão, este álbum será um marco na história do grupo (que continuará na ativa, com o novo vocalista Linton Osborne), selando a trajetória desta voz única, rouca e potente que caracteriza o Nazareth desde 1965, quando Dan juntou-se ao baixista Pete Agnew e ao falecido baterista Darrel Sweet para iniciar sua longa e vitoriosa carreira.
Rock 'N' Roll Telephone é um presente para os fãs, mas tem também o seu lado triste, pois será sempre lembrado como o símbolo do fim de uma era no Nazareth. É o adeus de Dan McCafferty, ídolo e professor de tantas outras vozes lendárias do rock.
Fonte: http://literaturaeopinioes.blogspot.pt/2014/03/nazareth-rock-n-roll-telephone-em-pre.html
Тemas:
01. Boom Bang Bang
02. One Set Of Bones
03. Back 2B4
04. Winter Sunlight
05. Rock 'N' Roll Telephone
06. Punch A Hole In The Sky
07. Long Long Time
08. The Right Time
09. Not Today
10. Speakeasy
11. God Of The Mountain
Banda:
Dan McCafferty - Vocals (since February 2014)
Pete Agnew - Bass
Jimmy Murrison - Guitar
Lee Agnew – Drums
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