Páginas

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Disneyland-After-Dark – BEST OF D.A.D. 30 YEARS, 30 HITS (1984-2014) Dinamarca

 
Até custa a acreditar que já passaram 30 anos! Esta é para mim, e para muitos de vós, uma das bandas daquele grupo restrito em que se pudesse-mos levaria-mos para o "outro lado". Quero com isto dizer que de entre as milhares de bandas que conhecemos, esta está bem no top + da nossa vida. Longe vai o ano de 1989, em que a edição do 3º àlbum, "No fuel left for the pilgrims" fez um grande furor a nível mundial. Um grupo e rapazes bem dispostos com um baixista que apenas tocava com um baixo de 2 cordas; às vezes 3, outras vezes uma; e alimentava a celeuma dizendo que não sabia tocar mais do que aquilo; juntamente com os seus avatares em forma de cartoons num ambiente country punk, ou cowpunk como gostam de definir, era difícil não ficar agarrado àquele som, que eu associava ao Chris Isaak ou ao rockabilly, mas que com a sua natureza hardrock nos contagiava...
Formaram-se em 1984, na Dinamarca. Fundados por Stig, o baixista marado, e Jesper Binder, voz e guitarra; começaram como um quarteto em que a namorada de Stig; Lene Glumer; era a voz, e Peter Jensen fechava o line-up na bateria. Cedo perceberam que Lene não encaixava ali, e foi mandada embora. O mano mais novo de Jesper, Jacob foi aparecendo e foi ficando até se tornar definitivamente no guitarra solo da banda. O conceito Disneyland After Dark, surgiu das ideias maradas de Stig que um dia pensou que depois de as luzes se apagarem na Disneylândia tudo podia acontecer. E na verdade, anos mais tarde, não fosse a fama que atingiram, a Disney Company, ameaçou processá-los se não mudássem o nome, e assim apagaram-se as luzes de Disneyland After Dark e acenderam-se as luzes para DAD. 1984 é a data da edição do primeiro disco, "Call Of The Wild", que contém dois dos temas mais tocados até hoje da banda; "Marlboro Man" e "It's After Dark". 1986 vê a edição do segundo disco, "D.A.D. Draws A Circle", cuja produção, a cargo de Mark Dearnley, onde este pediu que a banda fizesse um cover do tema "A Horse With no Name" dos America. Outro tema que ficou conhecido e que ainda é tocado actualmente, é o hino de Jesper, "I Won't Cut My Hair", que desde a sua adolescência em que deixou crescer o cabelo, jurou que nunca mais o cortaria.
Chegados a 1989, eis a grande explosão que os tornou rockstars. "No Fuel Left For The Pilgrims" foi um êxito mundial; poderia ter sido bem maior, mas haverá assim tanta rapaziada que os não conheça? Produzido por Nick Foss e o já desaparecido Lars Overgaard (Royal Hunt; Michael Learns To Rock, Dizzy Mizz Lizzy; Skagarack), este disco reafirmou a sonoridade da banda e aconteceu na altura certa, em pleno auge do Glam\hair metal fever! Quase todos os temas deste disco, deram em single. O disco é fenomenal do inicio ao fim, além de que é mais viciante que 3 quilos de pistachios, eheheh. "Sleeping my day away" é um hino dos preguiçosos, dormir de dia e viver de noite; é capaz de dar uma ideia gótica, mas a verdade, é que os rockers é assim que vivem, dormem todo o dia porque à noite depois de cada concerto é hora de... party!!! "Girl Nation", "Jihad", "Point Of View", "Rim Of Hell", "Lord Of The Atlas" e Overmuch" são inesquecíveis.
O disco seguinte, "Riskin' I All" só veio confirmar a sua posição no seio do mundo do rock. Editado em 91, apresenta hits como "Bad Craziness", "D Law" e "Laugh and a ½" entre outros. A partir daqui, o estatuto da banda deu-lhes o direito e a confiança para mudar de rumo musical. O tom divertido que até aqui tinha formatado a sua identidade, deu lugar à rendição ao grunge e ao som alternativo de Seattle em "Helpyourselfish". A partir daqui, o meu contacto com a musica da banda tornou-se em simples curiosidade, querendo sempre saber se cada novo disco editado voltava ao ponto de partida, ou mais propriamente a finais dos 80's.
Hoje, ou por estas alturas, fazem 30 anos de carreira e para comemorar editam um triplo vinyl e um duplo CD com os seus maiores êxitos. Sou capaz de concordar com muitos de vós se disser "alguns dos seus melhores temas", porque a partir de determinada altura, já em plena febre alternativa, tornaram-se numa banda de culto em que as vendas de discos não foram o seu maior predicado. Apesar de tudo, são e serão um ponto de referência para mim e para muitos no nosso universo musical e não só; a nossa formação educativa foi feita com muitas influências e referências a idolos musicais, artísticos e históricos, e DAD são um deles no meu caso. A edição comemorativa passa em retrospectiva todos os discos desde 1984 até hoje. (se bem que o último disco de originais data de 2012). É um excelente motivo de entretenimento voltar a recordar; se bem que no meu caso, a grafonola da bicicleta debita alguns destes temas na inúmeras compilações que faço para ir ouvindo; mas não deixa de ser fabuloso rever aqueles dias de inocência e rebeldia com a sua respectiva banda sonora. Para muitos de nós foi mesmo "A" banda sonora, é que aprendi a arranhar as cordas da guitarra com muitos destes temas, entre outra bandas é claro, mas como agora é de DAD que se trata, apenas gostava de vos deixar com a desmistificação da atitude de Stig sobre a sua tara pelo design das suas Guitarras-Baixo. Como a musica dos DAD, e demasiado simples e directa, a certo ponto, Stig deu-se conta que só precisava das cordas E e A; para quem não sabe, mi e lá; e a partir daí, deu largas à sua imaginação. É claro que alimentando a ideia de descomprometido e desinteressado, ficamos sempre imbuídos na mística que rodeava a banda, mas na verdade, Stig, sabe usá-las todas, bem ou mal, isso dependeria de uma demonstração, que de certeza ele não estará interessado em fazer para manter acesa a chama e continuar a utilizar baixos até com uma corda de longe a longe; aqui também há algo de marketing; já viram o baixo em forma de míssil criado por ele, no video "Bad Craziness"? Pois vão ver ou voltar a rever no video que vos oferecemos abaixo; mas que não é tão jerico como deu a entender todos estes anos, não é!
E agora vou continuar a minha sorna, dormindo pelo dia todo ouvindo esta fabulosa edição! Boas lembranças Rapazes!
McLeod Falou!



Temas:
LP 1:
01 Marlboro Man
02 Call of the Wild
03 Riding with Sue
04 It's After Dark
05 Isn't That Wild
06 I Won't Cut My Hair
07 Black Crickets
08 Sleeping My Day Away
09 Jihad
10 Point of View
LP 2:
01 Girl Nation
02 Bad Craziness
03 Grow or Pay
04 Laugh and a ½
05 Reconstrucdead
06 Naked (But Still Strippin')
07 Empty Heads
08 Home Alone 4
09 Hate to Say I Told You So
10 Everything Glows
LP 3:
01 Nineteenhundredandyesterday
02 Something Good
03 Evil Twin
04 Soft Dogs
05 Scare Yourself
06 Lawrence of Surburbia
07 Monster Philosophy
08 A New Age Moving in
09 I Want What She's Got
10 We All Fall Down
Banda:
Jesper Binder – Voz; Guitar
Jacob Binder – Lead Guitar
Stig Pedersen – "Crazy" Bass Guitars
Peter Jensen – Drums (1984-1999)
Laust Sonne – Drums (1999-Present)



Sem comentários:

Enviar um comentário