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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Stryper - Second Coming (2013) USA


Será que ainda existe neste mundo corrupto, injusto e sem lei, lugar para louvar a palavra de Deus através da musica seja ela gospel, gregoriano ou rock pesado? Os Stryper têm essa convicção, e tão forte ela é, que decidiram refazer alguns dos seus melhores temas desde o seu primeiro disco, e numa clara alusão ao divino e ao espiritual identificaram esse acto de Deus como "Second Coming"; "a segunda vinda" talvez do salvador, quem sabe?
Sete discos de originais em 30 anos de carreira pode parecer muito pouco, e na verdade é, mas o conceito Stryper não é um conceito qualquer, e talvez por isso esta rareza de edições. Louvar a Deus não será algo que se faça com leviandade e ou vulgaridade, é preciso retirar do interior, do coração as palavras que representam os actos de fé que levam a que cada um encontre o seu caminho na palavra que nos foi dada por Ele. Pode ser este um dos motivos sim senhor, e na verdade, nos estados unidos, Stryper são o expoente máximo da passagem da palavra de Deus através da musica rock, num país com cerca de 300 milhões de habitantes de várias etnias e origens, e devido à muito sui generis posição de expansão e predominância cultural, essa exponência passou fronteiras e chegou a todos os cantos do planeta, e assim o chamado White Metal ou Christian Metal evoluiu e expandiu-se, tornando os Stryper nos reis desse género musical.
E assim somos chegados ao sucesso dos Stryper, que conseguiram aliar um bom instrumental melódico com a palavra de Deus e difundi-los pelo planeta. Vou lembrar-vos ou contar-vos para aqueles que não sabem, um caso curioso sobre um tema desta banda e uma telenovela brasileira chamada "o salvador da pátria"; em portugal "sassá mutema". Em finais de oitenta, foi para o ar esta novela com Lima Duarte e Maitê Proença como par amoroso; sobre uma professora que ensinou um grosseirão caipira sem estudos mas bem intencionado a tornar-se letrado e presidente de perfeitura. Quando aparecia o par, o tema de fundo era o "I Believe In You" dos Stryper. Muitas foram as discussões sobre o tema, "era uma mulher que cantava e não um homem"; realmente a voz de Michael Sweet é mesmo efiminada; e que o tema falava sobre um homem que acreditava em Deus e não numa qualquer declaração de amor entre homem e mulher e que acabava na cama. Neste caso, seria melhor todos terem ficado na ignorância e assim aquele bonito tema da banda passaria por uma linda balada romântica, mas a verdade é que este vosso amigo aqui já conhecia a letra e a musica e já era impossível não descomplicar o tema, e como eu milhares por esse mundo fora, sim porque a grande maioria ouve a musica e não liga às letras ou ao conteúdo. O único castigo que este vosso amigo teve na tropa foi exactamente por causa disto; estava a levantar demasiado a voz com um ignorante, porque não queria aceitar a realidade; nesses dias passava a novela na tv; e um superior convidou-me delicadamente a fazer de DJ, na cozinha a lavar pratos; são estes os desígnios de Deus, mais valia ficar na ignorância porque Ele não se importa com essas coisas.
Stryper reajustaram o som para os dias de hoje mantendo quase toda a estrutura das musicas e o resultado foi muito bom, voltar a ouvir coisas como "to hell with the devil" e "Free" com uma nova musculação é realmente algo que faltava a esas musicas. A banda voltou a reunir-se novamente com os membros originais, de entre eles vos destaco Oz Fox um autêntico "underrated guitar-hero", um pouco à imagem de Ronnie LeTekro dos TNT; algo que sempre me agradou imenso nestas duas bandas foram os trabalhos de guitarra destes dois musicos, especialmente os solos, diferentes e cativantes da grande maioria das outras bandas. De vez em quando lá pego nos CD's "in god we trust" e "to hell with he devil" e lá vou relembrando bons temas de heavy metal mas com uma certa desilusão por terem um som fraquito. Agora sim, vale a pena ouvir de novo mais e mais vezes este hinos dos Stryper. Das 16 faixas deste disco, 2 são novas; e com uma direcção mais hardrocker mas equitativamente musculadas, com solos originais e flamejantes de Oz Fox, o que faz antever que a edição do próximo disco de originais vai ser um estoiro.
Para quem achar que isto é tudo uma paneleirice, digo-vos, eu também poderia ter achado se não tivesse ouvido primeiro e sido informado depois sobre o que estava a ouvir, por isso deem-lhes uma chance e vão ver que valerá bem a pena, afinal são uma banda multi-milionária na venda de discos e apresentações, são muitos a dar razão a mim e a eles. Sem medos e sem preconceitos, avancem e veram que a palavra de Deus fica bem em qualquer coisa, mesmo que não seja isso o que vos atraia.
McLeod Falou!





Temas:
01. Loud N' Clear
02. Loving You
03. Soldiers Under Command
04. Makes Me Wanna Sing
05. First Love
06. The Rock That Makes Me Roll
07. Reach Out
08. Surrender
09. To Hell With The Devil
10. Calling On You
11. Free
12. The Way
13. Sing Along Song
14. More Than A Man
15. Bleeding From Inside Out (New Track)
16. Blackened (New Track)
Banda:
Robert Sweet -- Drums
Michael Sweet -- Vocals, Guitars
Richard "Oz Fox" Martinez -- Vocals, Guitars
Timothy Gaines -- Bass










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